O que é NFT? Como funciona? Quais os riscos? São interessantes?

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A Web 3.0 e os NFTs estão dominando as notícias de tecnologia atualmente. Todos vocês já ouviram falar de quantias absurdas pagas por peças de arte que podem não parecer tão impressionantes do ponto de vista técnico. Além disso, muitos artistas estão usando IA para gerar algumas peças de arte exclusivas, o que o torna mais interessante para mim.

Então, o que é NFT?

Não Fungível significa apenas que você não pode trocar um ativo de outro. Um token no caso de NFTs é apenas um certificado de autenticidade que fica em um blockchain – o que torna o token verificável e visível para todos. Assim, um NFT é um ativo digital exclusivo nas formas de arte, vídeos, áudio e qualquer outra forma de criação digital.

Everydays: the First 5000 Days, de Beeple: NFT foi vendido por US$ 69 milhões — Foto: Reprodução/Christie’s

Como criar um NFT?

Para criar um NFT é preciso primeiro criar uma carteira digital que tenha integração com o blockchain de algum criptoativo. Hoje, o blockchain mais usado para criação de NFTs é o da Ethereum.

A criação de uma carteira digital passa pela abertura de conta em alguma exchange de criptoativos, na qual o usuário deve fazer uma transferência da sua conta bancária para depois comprar a moeda desejada (como o Ethereum).

Depois que o usuário já tiver moeda digital, ele pode transferi-la para um app de carteira digital como o MetaMask. A partir daí é só conectar essa carteira com um site de compra e venda de NFTs como o Rarible.

Uma vez conectados carteira e conta em site de NFT, o usuário pode fazer upload do que quer transformar em NFT e “mintar”, palavra que significa proteger aquele determinado conteúdo por meio da transformação em um token único certificado pelo blockchain. Ao “mintar”, o usuário precisará pagar uma taxa em criptomoeda que varia dependendo do dia e horário por conta do uso da rede.

São interessantes?

A maioria dos compradores é de colecionadores ou especuladores que esperam poder vendê-las depois e ganhar dividendos. Outro grupo são os artistas, pois a tecnologia promete proteger a singularidade e procedência da obra, evitando assim falsificações que prometem beneficiar também galerias e colecionadores. Além disso, os artistas criam contratos inteligentes para NFTs por meio dos quais podem garantir royalties de vendas futuras – 10% é o padrão da indústria – receita que os criativos são atualmente cortados no sistema existente da casa de leilões.

Os NFTs devem ser usados ​​para casos de uso prático de governança, como direitos autorais e armazenamento geral de informações sociais confidenciais que, de outra forma, estariam muito sujeitas a abusos nas mãos de autoridades centralizadas que demonstram cada vez mais desprezo pelo público. Registros como contagens de eleitores, informações de censo, títulos de propriedade e registros médicos podem encontrar proteção dentro de uma estrutura de NFT de propriedade pública. O futuro dos NFTs vai muito além do status social, memes ou obras de arte multimilionárias transformadas em fotos de perfil. Este é apenas o começo de uma revolução global que começou perturbando o sistema bancário e agora vai perturbar todo o resto.

Se você está lançando NFTs e ganhando algum dinheiro, bom para você, mas 98% dos NFTs em 2021 serão um mau investimento. É apenas uma questão de tempo antes que a maioria das obras de arte do NFT percam seu fascínio para todos, exceto um pequeno grupo de entusiastas.

Como funciona?

Assim como as criptomoedas, é possível comprar e vender NFT em plataformas especializadas. Em uma transação, o objeto designado pelo NFT não necessariamente é entregue ao proprietário, que só recebe um certificado registrado em um blockchain.

Para conservar os direitos de um certificado, é indispensável ter uma carteira virtual, que é um aplicativo ou um objeto conectado que tem a forma de uma chave de USB.

Antes da compra, é necessário ter uma criptomoeda, mas também é possível “criar” um NFT, com alguns conhecimentos de informática.

Quais são os riscos?

A compra, venda e o uso de um NFT são até hoje operações técnicas pouco compreendidas, ou que podem implicar riscos para os investidores.

Para cada interação com as blockchains, é necessário ter despesas para pagar as pessoas encarregadas de verificar as transações.

Conforme explicado em um relatório recente da plataforma especializada Chainalysis, “comprar um NFT recém-criado de uma coleção muito esperada é um processo muito competitivo, com milhares de usuários que se ‘aglomeram’ para comprar em um mesmo momento”.

Neste caso, muitas transações não vingam, mas as despesas ainda precisam ser pagas e às vezes são altas, dependendo do preço das criptomoedas usadas para pagar.

Alguns compradores estão determinados a se apossar do ativo e podem usar robôs, que são poderosos aplicativos para repassar as ordens, o que torna a operação ainda mais incerta para um investidor que estreia neste mercado.

“Os dados apontam que as NFT estão longe de ser um investimento infalível”, destacou Chainalysis, que explica que as coleções de NFT são geralmente vendidas a um preço mais barato para os entusiastas que participaram da promoção do projeto.

Em 2021, “apenas um pequeno grupo de investidores muito experientes lucrou com as coleções de NFT”, constatou um estudo.

Fontes: Linkedin, AFP, Times, Chainalysis.

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